No dia 17 de julho de 2014, um Boeing 777 da Malaysia Airlines, que fazia o voo MH17 de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, caiu na região de Donetsk, leste da Ucrânia, durante o auge do conflito entre as forças ucranianas e separatistas pró-russos. A tragédia deixou 298 vítimas, sendo 283 passageiros e 15 membros da tripulação.
A queda do avião aconteceu em um momento de tensão na região. A Ucrânia estava em guerra desde a anexação da Crimeia pela Rússia, em março daquele ano. A região de Donetsk era palco de confrontos entre forças ucranianas e separatistas pró-russos, que lutavam pela independência da região. Na época, um avião militar ucraniano havia sido abatido na região, o que aumentou a tensão na área.
Causas da queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia
As causas da queda do avião da Malaysia Airlines ainda são motivo de investigação. No entanto, acredita-se que o avião tenha sido derrubado por um míssil antiaéreo de fabricação russa, do modelo Buk, que teria sido disparado por separatistas pró-russos. A Rússia nega envolvimento na tragédia e aponta para a possibilidade de ter sido um míssil ucraniano.
A investigação do caso ficou a cargo do Holanda Safety Board, que publicou um relatório preliminar em setembro de 2014. Segundo o relatório, o avião foi atingido por uma grande quantidade de fragmentos de um míssil de alta explosão, que explodiu a uma distância de até 1 metro da cabine do avião. O relatório apontou ainda que a tripulação não reportou nenhum problema antes da queda do avião.
Vítimas da queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia
A queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia deixou 298 vítimas, de 17 nacionalidades diferentes. A maioria das vítimas era holandesa (196). Havia também 44 cidadãos da Malásia, 27 da Austrália, 12 da Indonésia, 10 britânicos, 4 alemães, 4 belgas, 3 filipinos, um canadense, um neozelandês e 4 pessoas de nacionalidade não confirmada.
Entre as vítimas, havia 80 crianças e bebês. A Malaysia Airlines declarou luto por um ano e ofereceu apoio às famílias. Vários países, incluindo a Holanda e a Austrália, enviaram equipes para ajudar na identificação dos corpos.
Desdobramentos da investigação
A investigação da queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia continua em andamento. Em junho de 2019, um grupo de investigadores internacionais acusou três russos e um ucraniano de envolvimento na tragédia. Eles foram acusados de transportar o míssil que teria derrubado o avião. A Rússia negou a acusação.
Em março de 2020, o julgamento dos quatro acusados começou na Holanda. No entanto, devido à pandemia de COVID-19, o julgamento foi interrompido. A expectativa é de que ele seja retomado em 2021.
A queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia foi uma tragédia que abalou o mundo. O caso ainda está longe de ser encerrado e as famílias das vítimas aguardam por justiça.